A vibração vem das paredes
Faz tremer os dedos
Arruína a caligrafia
Mancha a lembrança
Solta na folha nua
Do carinho cúmplice.
Nenhum solavanco
Racharia o segredo
Só nosso sem medo
Pois o tempo suspenso
Entre os olhos espelhados
Cedia macio e confidente.
O agora por si só
Arremessa lá longe
Pra memória movediça
Nosso truque de mágica
O mistério de sermos eternos
Tornando-nos frágeis
A uma breve crise de soluços.
Nenhum comentário:
Postar um comentário