Imagem acima: cafeigravura

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Autobã


Enquanto lia,
A décima freada do dia
Desviou minha atenção para estrada lá embaixo
Toda riscada de carro e carimbo forte de pneu
Marcando sucessivos momentos
De suspense fatal.

E o som alto de um vidro negro berrava histericamente
Os dissonantes do que já foi o inverso e o inteiro
Do que era tocado agora,
Lembrando o movimento repetitivo e agonizante
De disco arranhado
Que rege a mente em noites insones.

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