Imagem acima: cafeigravura

domingo, 11 de julho de 2010

Não fale ao telefone


Chicote de luz
Inspira o medo
Preso num hiato

A corrente de alfinetes
De pontas cegas
Em grossos filetes

O som imponente
Afeito ao tato
Estoura no peito
Ferem os estilhaços

Repetidos golpes de sorte
Reféns da ansiedade
Que a si própria conduz
Ao impor-se a tempestade.

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