Imagem acima: cafeigravura

terça-feira, 15 de junho de 2010

Rima dor


A dorzinha bonita de poesia
Não é jogar sal em afta.
Paixão pelo sofrimento
E riso doloroso.

É desejo de vazio a ser ocupado
Sem ser preenchido.
A incompreensão que expõe o enigma
A ser desvendado em uma vida.

Reler, reler, reler, ler
Repetidas vezes
Versos que se embaralham
Em combinações de sentidos infinitas.

É inefável tal dorzinha
Apenas perceptível num espanto
Que leva Roland Barthes a bradar:
“É isto!” e se calar.

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